Soneto 1: Ó rouxinol! (O Nightingale!), John Milton

Ó rouxinol, que do ramo florido
Cantas no ocaso, no bosque já quieto,
Que invitas à esperança o amante inquieto,
Maio enquanto é das Horas conduzido:

Ao fim do dia e antes do cuco ouvido,
Teu melífluo trinado locupleto
Prediz o amor; se és, pois, de Zeus dileto,
Se te augúrio amoroso é concedido,

A tempo canta, antes que o cuco incréu
Desdita me anteveja desde as matas;
Ano após ano, és núncio temporão

Em dizer-me feliz, e sem razão:
Seja a Musa ou o Amor quem serenatas,
Aos dois não menos sirvo ou sou fiel.

Poems of Mr. John Milton, Both English and Latin, Compos’d at several times/Sonnets/Sonnet 1 - Wikisource, the free online library
John Milton, Sonetos italianos
Entre abril ou maio de 1638 e agosto de 1639, o poeta ingês John Milton realiza sua viagem européia, visitando a França e a Itália; menos empolgado com aquela, demora-se mais nesta, onde trava contato com os intelectuais de Roma, Florença e Nápoles. Aproximadamente oito anos antes, porém, o interesse
Soneto 19: Ao demorar-me… (When I Consider…), John Milton
Ao demorar-me em como a luz se me extinguiu da vida ao meio, em meio ao vasto e fusco mundo, e no talento que enterrado jaz profundo, do qual nos diz: não o enterreis da Morte o fio, do qual quisera ao Sumo Ser que os repartiu dar dividendos, evitando
Paraíso Perdido em tradução de António José de Lima Leitão
O Paraíso Perdido, epopeia de John Milton; vertida do original inglês para verso português por António José de Lima Leitão. Estabelecimento do texto conforme a edição de 1840, textos introdutórios, revisão das notas originais e notas adicionais Fabiano Seixas Fernandes. Embora não seja a única, a tradução de Lima Leitão