Fala Simão Cireneu (Simon the Cyrenian Speaks), Countée P. Cullen

Palavra não me dirigiu,
Mas meu nome chamou;
Sinal algum me exibiu,
Mas eu soube e cá ’stou.

Disse de início: Não levarei
A cruz que Ele me entrega;
Só ma quer pôr às costas, sei,
Pois minha pele é negra
.

Mas por um sonho Ele morria,
Era-Lhe tanta a brandura;
Nos olhos d’Ele a luz fulgia
Que muito homem procura.

Comprou-me o Cristo a compaixão;
O que fiz por Ele apenas,
Roma ou romanos jamais me obterão
Com suplícios ou penas.

MONROE, Harriet (Ed.). Poetry: A Magazine of Verse, 24.2, maio/1924, p.76.

Simon the Cyrenian Speaks by Countee Cullen | Three… | Poetry Magazine
May 1924 | Harriet Monroe, Ernest Walsh, Emanuel Carnevali, Countee Cullen, Earl Daniels, Dorothy Dow, John Finerty, Meridel Le Sueur, Genevieve Lynch, Frederick McCreary, Marion Strobel, Eda Walton, George Williamson, Dorothy Dudley
Epitáfios (Epitaphs), Countée P. Cullen
Três epitáfiosA minha avóEis flor tão linda vai ao chão; Sol e chuva, mãos à obra! Pois fez ao morrer profissão De fé em vida nova. A uma virgemQuarenta anos relutando A luxúria em minha matriz; Morte enfim me conquistando Fez de mim o que bem quis. A uma dama